EDUCAÇÃO PARA A PAZ
(Profº Manoel)
(Revisão: Profª Maridete)
A palavra educação tem origem no
Latim EDUCARE que significa “guiar
para fora” e pode ser entendida como orientar pessoas tanto
para o mundo exterior quanto para fora de
si mesmo. E esse processo é realizado em escolas públicas ou privadas. Por sua
vez, estas tem sempre que estar prestando atenção na sua forma de dirigir, de
como utilizar suas estruturas físicas, proteger pessoas em formação para que o
objetivo de formação cidadã e crítica se consolide no decorrer da vida
estudantil.
Contudo, não podemos esquecer que
a Escola é principalmente um espaço potencializador de transformação, que tem
obrigação de construir alternativas para superar uma realidade muito triste e
violenta. Infelizmente, a nossa cultura entendida como ocidental, não é
pacífica, e, portanto, é violenta, bélica e que ensina diuturnamente a usar a
agressão e a força como forma de solução para todos os problemas, desde
conflitos, até objetivos de vida.
Analisemos da seguinte forma:
indisciplina, falta de segurança, conflitos entre professores e estudantes e rivalidades
entre grupos de estudantes, não fazem parte da cultura da paz. Se assim o é,
então vamos mudar, transformar e buscar novas opções para substituir o que nos
agride por uma cultura de paz, e de não violência.
É importante se ter em mente que a
agressão física não acontece de uma para outra hora. Acontece após humilhação, empurrão,
golpe, olhar de desprezo, intimidação e ironia. E tem ocorrido muitas agressões
e essa situação tem se agravado a tal ponto que já se possui no código penal um
dispositivo legal (Lei 13.663 de 15 de maio de 2018), exigindo que as escolas
promovam medidas de conscientização e combate a todos os tipos de violência,
incluindo o bullying. O texto incluiu dois incisos ao artigo 12 da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - lei 9.394/1996), que obrigam
todos os estabelecimentos de ensino a criarem ações para diminuir a violência,
destacando “especialmente a intimidação sistemática (bullying) no âmbito das
escolas”.
Por isso é importante entender
que quando a escola apenas reprime, oprime ou atribui a violência e as
manifestações violentas fora do ambiente educacional, também gera violência e,
consequentemente, comete um crime. Óbvio que muita coisa violenta faz parte da
vida da comunidade e como tal, se manifesta também na Escola.
Percebe-se ainda que conflitos
são inevitáveis por fazerem parte da própria natureza humana. E, mesmo assim, a
forma de se resolver conflitos, seja através de gritos, chutes, no que fala
mais alto, no mais forte ou através de qualquer tipo de intimidação, não é
aceitável.
Diante disso, a forma de
trabalhar a violência na escola deverá ser sempre direcionada para o diálogo e
pela conscientização das partes envolvidas, mesmo sabendo que a violência é
real nas escolas, também será possível trabalhar-se de tal modo que se consiga
uma resolução do problema de um jeito não violento.
É trabalhoso, mas é um exercício
necessário para evitar-se reportagens de destaque nacional apenas da violência
pela violência em ambientes escolares.
Reunir as partes e buscar opções
para atenuar os danos causados de maneira não violenta é a proposta.
O enfrentamento da vida, de forma
pacífica, é uma maneira de existir e sobreviver aos dias e a busca da
felicidade que tanto temos direito e deve-se procurar acreditar sempre.
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